domingo, 8 de junho de 2014

Nas minhas mãos efémeras...



                  Nas minhas mãos efémeras o mar 
                  oiço um canto longínquo
                  mas deixo-me estar e o mar inunda-me os olhos
                  não tenho pressa e deixo-me cegar pelo sal
                  não quero ver nada mas tão somente sentir-te
                  pressinto-te, reconheço-te no odor salgado
                  caminho  de braços abertos cega de tudo o que não é mar
                  sei que hás-de vir nunca estivemos juntos noutro lugar... 


7 comentários :

João Menéres disse...

Muita força tem o poema, RUTE !
E a dupla imagem está divinal !

Muitos parabéns.

Um beijo.

Remus disse...

Será este um prenúncio, da chegada da "minha" fotografia de uma sereia, que há muito foi prometida?
Bem! Pelo menos já vejo o mar e uma figura esbelta de cabelos compridos, agora só falta inspeccionar o resto e ver se ela tem rabo de peixe.
:-D

A fotografia ficou com um excelente efeito de movimento e fugacidade. Para além das tonalidades, quentes, estarem em perfeita harmonia.
Parabéns!

Ana Freire disse...

A foto está absolutamente genial, Rute!
Melhor seria impossível... esses desfoques estão absolutamente perfeitos.
Quanto ao texto... ainda que os sons das palavras possam ser efémeros... os seus ecos nunca se esgotam. Tal como os textos que por aqui encontro.
O texto , como sempre, está absolutamente fabuloso, Rute!
Magnifico trabalho! Parabéns.
Beijos
Ana

Questiuncas disse...

A Rute está em plena forma.
E nós é que saímos beneficiados com este belo conjunto poema/fotografia.

Kaipiroska disse...

A fotografia está muito bonita. Um quase abstrato :)

Manu disse...

Deixou de ser efémero o poema e a foto, permanecerá por aqui com um registo bonito entre palavras e imagem.

Beijinhos Rute

Nadine Pinto | Fotografia disse...

A fotografia parece uma pintura! Gosto muito!