Lembro-me do tempo em que voltara a amar, a sentir borboletas no peito, era firme a lembrança das tuas mãos e forte a tua certeza de que era eu e que apenas por isso haveríamos de permanecer juntos em todos os caminhos...esperava por ti na varanda com aquele vestido preto às pintinhas brancas, queimada pelo sol em pleno Agosto e lembro-me de saber que tu vinhas e adivinhava já o teu cheiro olhando o carro que parava devagarinho à porta de casa...
Desse tempo guardo lembranças do ar morno das noites, da praia com os toldos reservados para as pessoas de sempre, da sensação das borboletas a esvoaçar dentro do peito e, dentro do baú, guardo ainda o vestido preto às pintinhas brancas...