Eram as últimas sobreviventes, pálidas, à beira da estrada
num tempo insano em que as lágrimas escorriam para dentro
e era nesse lá dentro que ninguém podia sequer imaginar
que lhes corria a seiva morna e abundante do bem-querer
e era lá que se entrelaçavam serenas e se deixavam ficar
e era ainda lá dentro que a estrada deixava de ser fria
do lado de fora e chegava mesmo a deixar de ter beira ...