quinta-feira, 30 de junho de 2011


RETRATO DE JOANA

quarta-feira, 29 de junho de 2011


RETRATO DE SARA

terça-feira, 28 de junho de 2011


RETRATO DE RITA

segunda-feira, 27 de junho de 2011


RETRATO DE MATILDE




domingo, 26 de junho de 2011


RETRATO DE MARTA



*A filha... presente de aniversário para a mãe...


Parabéns T.T.


É a minha irmã...
de quem me lembro desde sempre!
Entrámos juntas para a1ª classe
de mãos dadas e encostadas uma à outra
a combinar fugir, logo na 1ª oportunidade...
Iamos juntas para todo o lado: escola, escuteiros
festas nas garagens, aulas de ballet, piano
(nunca aprendemos nada de jeito...)
 férias na Costa da Caparica, na aldeia
saidas à noite, de dia, idas à praia, ao campo...
Depois fomos crescendo, vieram os maridos, os filhos
as perdas irreparáveis e a dor partilhada,
e os risos que não se perderam e que permanecem.
É uma vida mano a mano
são laços que já não se desfazem
são âncoras que nos seguram
uma à outra e nos mantêm...


* Também quero deixar aqui um grande beijinho de parabéns ao meu querido amigo Yanneck :)

P.S - E muito obrigada pelo teu sentido de humor e pelas tuas gargalhadas que me  deixam sempre incrivelmente bem disposta quando estou contigo...




sábado, 25 de junho de 2011



RETRATO DE BEATRIZ

sexta-feira, 24 de junho de 2011


RETRATO DE MARIA


SIMPLESMENTE...


quinta-feira, 23 de junho de 2011


Eu, às vezes...


Gostava de ser assim...só gato...




quarta-feira, 22 de junho de 2011



É no encontro com o teu olhar
que começa a dança do amor.
É nessa translucidez de alma
que os sentidos se despem
de tudo o que é superfulo
e iniciam uma viagem
de voos rasantes
e de tangentes
à linha do horizonte
ao ocaso e aos limites
da sublimidade...

terça-feira, 21 de junho de 2011


" É verdade que muita coisa passou sem nós sabermos
mas tudo isso que importa se de longe nos vem
...o eco de um destino que é preciso cumprir
a urgência de um barco
atracado há quanto tempo ao cais
esperando o vento certo
então
pela minha pele desliza a tua boca
o rosto as mãos a fome
e pára apenas quando a sede te for
insuportável
bebe-me depois muito lentamente
como orvalho sangue ou seiva
dobra nas minhas pernas o cabo
de todas as tormentas (ou se preferires
de todas as esperanças)
e crava no meu ventre os ritos ancestrais do amor
que para mim sempre estiveram
destinados"

Alice Vieira

segunda-feira, 20 de junho de 2011




MONÓLOGO...



- Marta?
- Hum...
- Marta?
- Marta, estou morto de sono, acorda, sai de cima de mim que eu quero ir dormir...
- Hum...
- Marta, acorda...estás muito pesada e eu quero ir dormir... Eu sei que estás cansada e já só vais acordar amanhã...mas pelo menos deixa-me mudar de posição que já me doem as costas. Sabes muito bem que já não vou para novo!...Mas vou dizer-te um segredo... Fica , gosto que fiques...aqueces-me o coração...afinal já não quero ir para a minha cama...


domingo, 19 de junho de 2011


prolongamento do ontem...


" O que me atrai hoje numa mulher é completamente diferente do que me atraía há trinta ou quarenta anos, quando era miúdo. O que me atrai mais numa mulher é o ser feminina, mais do que as feições é uma certa maneira de olhar, e uma mulher feminina é extremamente atraente mesmo que não tenha as feições que com dezoito anos achava bonita. Acho que a minha heterosexualidade vem um pouco daí, primeiro, porque não acho graça física aos homens e, depois, não percebo efectivamente - intelectualmente posso entender - como é possível resistir à feminilidade."

Excerto de entrevista  de José Céu e Silva in
Uma longa viagem com António Lobo Antunes
(Continuação...)

sábado, 18 de junho de 2011





"(...) a partir de certa altura da nossa vida aquilo que passamos a achar bonito nas pessoas, na mulher por exemplo, já não tem tanto a ver com o corpo mas com qualquer coisa que vem de dentro - uma maneira de ser ou de olhar. Com a inexperiência própria da adolescência, queremos que tudo esteja no lugar, o nariz, a boca, os olhos, e levamos tempo a perceber que é a assimetria e o defeito que dão encanto às pessoas. É muito curioso como nós mudamos e como aquilo que nos atrai vai mudando... ".


Excerto de entrevista de José Céu e Silva
in Uma longa viagem com António Lobo Antunes

sexta-feira, 17 de junho de 2011



Sinto a tua falta...

como se fosses só tu
e não houvesse mais nada
como se os pássaros
não enchessem o céu
em revoadas de alegria
como se as enchentes de maré
não cobrissem todo o areal
como se odor da terra molhada
fosse apenas o sonho
de um desejo inflamado.
Sinto a tua falta na inexplicável
e alucinante extensão do meu gostar
como se muito simplesmente
 não existisse mais nada...


quinta-feira, 16 de junho de 2011


Acorda-me

um rumor de árvore.

Talvez seja a tarde

a querer voar...


Eugénio de Andrade

Excerto do poema 'Rumor' in Poesia e Prosa

quarta-feira, 15 de junho de 2011


Existem céus assim...
 grandiosos e  universais  


terça-feira, 14 de junho de 2011


O tempo sucede-se em catadupas de dias que correm uns atrás dos outros sem me deixar espaço nenhum para te poder procurar naquele infinito de nuvem balanceante, sem ruídos, sem mágoas e sem horas para deitar contas à vida.
Espero ganhar coragem para contrariar essa quase inevitabilidade de me deixar levar para longe de ti e para fugir às rotinas que falsamente camuflam medos e fragilidades que sem me dar conta procuro esconder dentro da mochila, juntamente com as revistas e os livros que levo todos os dias para ler no café, durante o pequeno-almoço.
Penso que não hei-de desistir, mas sinto o peso da efemeridade dos momentos de plena robustez em que no meu horizonte já nos resgatei e me escondo contigo num desejo interminável de permanecermos para a eternidade.
E é em redor do sentimento de nós que extrapolo sobre o sentido do meu caminho, das minhas fragilidades e medos mais persistentes e daquela robustez que quando surge me parece inabalável!
Penso ainda outra vez que não hei-de desistir porque sinto entranhado na pele o desejo de continuar e de resistir àquilo que estranhamente me assusta mas que desconheço os meandros, o rumo e o sentido.
Às vezes não sei onde procurar-te e conectar-te com a realidade que eu própria procuro cegamente e que tantas vezes de real quase nada tem...
Mas nunca me deixo perder irremediavelmente porque os teus olhos acabam por se prender e confundir intemporalmente com os meus e por destronar arrepios escuros, noites de inquietação e a terrível angústia de a nada pertencer.

segunda-feira, 13 de junho de 2011


Gosto de conduzir à noite

 ofuscada pela luz

do meu pensamento disperso

desatento e descuidado

  com o vagar do sentimento 

 que viaja sem destino...


sexta-feira, 10 de junho de 2011


Fragmentos do Quotidiano...




quinta-feira, 9 de junho de 2011


Hoje, segundos antes de sair de casa lembrei-me de que invariavelmente, quando chego ao carro, sigo religiosamente o mesmo ritual : Sento-me, aperto o cinto de segurança, ligo o rádio e olho para o espelho retrovisor esquerdo.
De seguida e também invariavelmente, tenho sempre ESTA mesma visão...passo a redundância...!
Foi também hoje, que decidi levar a máquina fotográfica e registar este olhar, já perpetuado há muito pelos clics da minha memória.

quarta-feira, 8 de junho de 2011


Qual será a cor do teu sorriso?!


... e ondes guardaste o preto dos teus olhos?!

...deixa-te estar assim
...e faz de conta que eu nada perguntei!...

terça-feira, 7 de junho de 2011


Hoje preenchia-me a vida
um anoitecer assim...
belo, belo...a perder de vista...

segunda-feira, 6 de junho de 2011


Tatuagem de gentes... 


no percorrer de caminhos...

domingo, 5 de junho de 2011


Hoje vou dormir mais cedo
 só para sonhar que eras
 muitas nuvens
e um mar sereno
 e que vinhas em pés de areia
 velar o meu sono e o meu descanso


sábado, 4 de junho de 2011



Fazem-me falta estes meninos de olhares ávidos e brilhantes. Fazem-me falta os abraços apertadinhos, de rompante, a qualquer hora do dia. Fazem-me falta as correrias que paravam repentinamente à porta da Biblioteca, porque naquele lugar não se faz barulho, para que se possam ouvir as histórias que os livros contam... Fazem-me falta estes meninos, ainda em estado de pureza primordial, onde a fartura nem chega sequer a ser uma miragem e ainda existe espaço para tudo o que a curiosidade natural consegue açambarcar. Fazem-me falta as perguntas, aquelas perguntas que me deixavam a pensar o dia todo...
- Rute, os livros crescem?!...




sexta-feira, 3 de junho de 2011


Sinto a minha alma...




em forma de fio de seda fininho e macio

e sinto tecer-se à volta do meu corpo

uma espiral de ternura que se liberta

na macieza desses momentos sublimes

em que alma e corpo recebem e dão em simultâneo

momentos de seda esses em que todos os percursos

se fazem com a delicadeza dos cinco sentidos

com a melodia exalada por cada poro

e transformada em gotas de água do mar

emergentes das marés vivas de Setembro

impetuosas e generosas ofertas

da natureza atenta e avassaladora

com quem tantas vezes

me envolvo e me confundo... !


quinta-feira, 2 de junho de 2011



Banho em marés de prata...


e vagares de fim de Verão...


quarta-feira, 1 de junho de 2011


Hoje sinto-me assim
 pássaro que não se detém...
Ontem era prenúncio de noite
hoje sou eu sem amarras
e à velocidade do riso voarei


Há dias...


... e o que fazer
 naqueles dias
 em que nos falta tudo
 mas mesmo tudo?!
É que parece
que há dias assim...
Até o ar custa mais
a respirar...