sábado, 21 de novembro de 2015

Less is more II ...



À medida que os anos passam por mim, vou precisando cada vez de menos coisas para me sentir feliz. 
Certamente que será o culminar de um ciclo de vida: nascemos despojados de tudo e assim morremos. Vivemos, ganhamos, perdemos, queremos mudar de carro, comprar mais umas calças, viajar ...e ingenuamente pensamos que quanto mais tivermos mais feliz será a nossa vida.E vai daí e acontece o"inesperado", começamos a perder pessoas, amigos, familiares e aí sim, começamos finalmente a perceber, a sentir na pele e no coração o que é realmente a perda E depois de acontecer aos outros percebemos que não somos imortais e que de um dia para o outro podemos ser os próximos ...e aí paramos para baralhar e voltar a dar as cartas. e  quando sentimos que a vida não é justa e julgamos não aguentar mais, olhamos para o céu num acto de desespero e somos felizes de novo com a visão da expressão máxima de liberdade e cada um olha ao seu ritmo ...ainda que possa ser por escassos minutos...cada um   faz a sua leitura, a sua interpretação, cada um sente à sua maneira e, alguns, não sentem absolutamente nada...
Mas também ninguém disse que seria linear ou fácil!

3 comentários :

PC Silva disse...

o problema é começarmos a ter muitas coisas, ficamos presos a ela, preocupamos-nos com as coisas e esquecemos por vezes as pessoas... eu sei que o dinheiro é importante, mas devemos usa-lo para ter o mínimo para viver bem e usar o resto na nossa valorização! adquirir muita coisa só nos ocupa tempo a cuidar delas, tempo que não vamos usar para viver... e enquanto estamos ocupados a viver, sentimos-nos eternos!!! :)

Remus disse...

O importante é sermos realmente e verdadeiramente felizes.
Cada um é que saberá com e como é que realmente e verdadeiramente deverá ser feliz.
Eu sou como a Rute. Preciso de pouco, até porque sei que tenho o problema de não conseguir deitar nada fora. :-) Por isso mesmo, compro pouco e gasto muito pouco em coisas supérfluas. Uso as coisas até exaustão, mesmo que elas já não estejam na moda. Ás vezes dou por mim a usar camisolas ou calças que já as tenho desde a adolescência.
O meu gosto pela fotografia será um sinónimo disso mesmo. Basta uma máquina fotográfica e um bocado de tempo livre, que já fico com o dia mais feliz.
:-)

Ana Freire disse...

O que eu sei... é que até às pessoas que têm tudo... lhes falta sempre mais qualquer coisa, para serem completamente felizes...
Por isso... é preferível ser-se apenas feliz... mesmo que não completamente... normalmente a riqueza, é apenas o fim de um tipo de miséria... e o começo de outra... e a de espírito... nunca tem recuperação possível... nem se consegue disfarçar... coberta de todas as riquezas do mundo...
Grande post! Grande foto!
Beijinhos!
Ana