Eu era ainda Inverno
Eu era ainda Inverno mas não sentia já
aquele frio de queimar o rosto e as mãos.
Era assim como se o tempo que
Era assim como se o tempo que
inexoravelmente passou por mim
tivesse imunizado o meu corpo
contra as frequentes oscilações de humor
da chuva caprichosa do vento assobiado
da chuva caprichosa do vento assobiado
nas copas das árvores.
Eu era ainda tempo de gélidos amanheceres
mas já não sentia aquele frio constante
que arrasta consigo degelos de depressão
derramada silenciosamente
entre o vazio dos sentidos
que sempre traz consigo o soluço
da solidão cravada pelo silêncio
entre o vazio dos sentidos
que sempre traz consigo o soluço
da solidão cravada pelo silêncio
de quem se retira como uma sombra
que não deixa rasto! Nem um beijo manso
nem um abraço demorado
7 comentários :
> Eu era ainda...<
Que beleza poética aqui tens, RUTE !
(Mas amanhã - aliás, hoje - vamos ter AQUI NO PORTO temperaturas de 2º negativos !
E Sábado...também !
É por isso que tarda o beijo manso e o prolongado abraço...
Mas, deixo-te um BEIJO (assim grande).
João
Por aqui também está MUITO frio, mas ainda nos faltam 4 ou 5 ºC para descermos a negativos!
Quantos aos abraços prolongados, eles ajudam a aquecer, nestes períodos de frio intenso :)
Mas já me estava a esquecer que o João agora não se pode queixar do frio porque tem a magnífica manta oferecida ao GRIFO, pela Luisa Vilaça ;). E que quentinha que deve ser!!!!
1 beijinho
Mas, para as mãos não posso ter protecção.
Lá se ia a escrita...
Um beijo.
João
Para as mãos existem umas luvas sem dedos, que permitem escrever à vontade, ao mesmo tempo que aquecem as mesmas ;)
beijinho :)
... 'as mesmas' mãos...claro... :))
Não te preocupes que o Verão a seu tempo virá. Porque todas as épocas da vida possuem o seu verão particular.
Remus
Tem graça...ainda não me tinha apercebido do quanto me tenho lamuriado por ser Inverno!...
Reconheço que esta estação do ano me deprimeum bocado:(
Mas neste poema, o Inverno só 'aparece' por mero acaso ;)
1 beijinho
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