Jardim

Para chamar a Primavera!

Profundamente...

Ninguém morre em mim, sou eu quem vai morrendo e sem perceber arrasto fragmentos de vida dos outros que depositaram o seu sorriso nas minhas mãos.

As lágrimas sossegam-me, alternando entre o frio e o calor a esperança de não deixar que ninguém se perca por mim ou em mim. 

Queria guardar todos no meu abraço e proteger-nos de todas as 

intempéries! 

Como eu vos amo, como eu vos amo...

Nala

Hoje, depois de muitos meses, apeteceu-me voltar a fotografar...e quem é que está sempre ao pé de nós, quem é?... os nossos amigos para a vida, portanto aqui estão dois exemplos do que fiz hoje à noite.

Aproveito também para desafiar o Marco C. e a Kaipirosca para nos mostrarem o seu cachorrinho...Vá lá!

É o meu pai...

É o meu pai...

... e tenho tanto orgulho nele que nem vale a pena dizer mais nada...e depois há imagens que valem mais que mil palavras ;)

Nota: A outra moça cheia de olheiras é a minha irmã. Queria pôr aqui uma fotografia com os quatro irmãos, mas infelizmente não encontrei, mas também não interessa, porque o meu amor vai hoje, todo direitinho para o meu pai.

Há vida em mim...

Quando as palavras não fluem e se agarram dentro de mim sem expressão, procuro a música e as notas que parecem entrar-me no corpo em jeito de melodia a cada inspiração, a cada movimento de procura de algo que me abane, me despenteie me ajude a falar, a fazer com que as letras saiam da ponta dos meus dedos e formem palavras e frases que me façam sentir a vida que há em mim, há muita vida em mim...

Nota : Fotografia tirada por uma das minhas seis companheiras desta maravilhosa aventura;)

Viagens...

Posso sempre viajar quieta nesse lugar que se mantém sempre vazio e que se guarda para mim. Com as palavras que desfolho com os meus dedos sedentos de abraçar este mundo e o outro, percorro quilómetros de emoções, choro,sorrio, fico trémula e cheiro com imenso prazer as páginas antigas dos livros de todos os tempos...e depois sinto e cheiro outra vez e os meus olhos enchem-se de mar...

Folha ressequida

Não sei onde estou, mas as sombras são grandes e assustadoras e não consigo perceber se existem mais espaços de luz ou de escuridão! A minha pequenez torna-se agora mais evidente e o meu corpo enrola-se sobre si mesmo e na sua secura não sei se resistirá às intempéries ainda desconhecidas mas mais temidas que a lava incandescente cuspida pela boca de um vulcão...já nada sei...adormeço inesperadamente e no meu sonho sou luz, oiço longínquas melodias de piano e tenho olhos ardentes que se enchem de um minúsculo mar de água salgada. Não sei onde estou, se acordei ou se sonhei, já não sei se sou folha ressequida ou promessa de oceanos pacíficos...abraça-me que eu já não sei!