Queria amordaçar a mágoa da ausência
rasgar com os dentes a dor que não se vê
desbravar silêncios
desfazer nós que apertam por dentro
queria desentupir poros
desenlear veias
deixar o corpo respirar sem esforço
deixá-lo escorregar sem pressas
devagar, ondulando
deixá-lo deslizar, devagar
sentar-me no vão das escadas
e apertar com ambas as mãos
a cabeça até me enrolar
e adormecer e descansar e descansar...
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