segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cartas de Amor - IV


Amor


Estou a escrever-te tarde, porque só agora consegui sentar-me um pouco a descansar da terrível azáfama da lida da casa.
O tempo parece pouco para tudo o que precisamos e queremos fazer!

Mas não quero nunca deixar acabar o dia sem te dizer o quanto gosto de ti, porque o mais importante na minha tão monótona vida, é a tua ternura e o teu amor.

Queria passar a noite toda a escrever-te, só para fingir que estou nos teus braços aninhada, num qualquer cantinho aquecido e confortável.

És a mais poderosa fonte de energia na minha vida,

és como o sol abrasador que surge no céu após meses seguidos de chuva ininterrupta.

E não penses que estou a escrever poesia amor,
estou a dizer-te que que aqueces diariamente o meu coração
que amanhece sempre frio.

Preenches o meu vazio, e mesmo sem palavras aconchegas-me no teu abraço forte e meigo.

Tens uns olhos belíssimos, de um preto impossível que me transportam constantemente para a paz de uma noite de Estio.
Tens umas mãos que me fazem estremecer de saudades e que relembro constantemente no seu percurso lento e sábio, deambulando ternamente pelos meus cabelos ondulados.

Sábias essas tuas mãos que não falham um gesto, num encadeamento sossegado, lento, perfeito...
Despeço-me de ti sempre com tristeza e já cheia de saudades!

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