quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011





Um dia vi-te chegar
vinhas no teu passo lento
introspectivo
mãos nos bolsos
olhar inquieto
desatento
despejaste ali os bolsos
o peso das preocupações
as chaves de casa
o desalento
sentaste-te na areia
tiraste as meias finas
os sapatos de sempre
fixaste o mar revolto
como tu, agitado e intenso
Fiquei a ver-te chegar
perscrutei-te
à distância de um olhar
abracei-te de longe
com medo de te perturbar
Viajei para os teus braços
nas asas de uma gaivota
perdida no desejo
de saber voar

7 comentários :

João Menéres disse...

E hoje como falar desse vôo nas asas daquela gaivota ?

Uma canção de amor junto ao mar.

Um beijo, RUTE.

Rute disse...

João

As asas do GRIFO são maiores e por isso melhores para apanhar uma boleia e voar sobre a praia e sobre o mar... com toda a certeza :))

1 beijo :)

João Menéres disse...

Então se o GRIFO fõr de heli !!!

Helder Ferreira disse...

Se eu fosse ele, estaria a pensar:

"porque não vens a voar

nas asas do pensamento

onde a areia encontra o mar

e eu te espero, aqui, sentado"



Boa fotografia. Um pouco escura nas rochas, mas com sentimento. Gostei! :)

Rute disse...

Helder

Estou a ver que para além de fotografo, também é poeta...
Gostei da continuação da história :) . Obrigada pela sua contribuição.

Volte sempre :)

Remus disse...

Eu não tenho o mínimo jeito para as palavras, pelo que não posso "lutar" com as mesmas armas do Helder. :-)
Mas partilho na opinião dele em relação às zonas escuras.

Rute disse...

Remus

Não é verdade que não tens jeito para as palavras que eu já li algumas bem bonitas lá no teu 'cantinho'!

Quanto à escuridão das rochas, vocês têm cada uma...então se as rochas são negras e era quase noite...como é que haveriam de ser claras, meus senhores??!!!

1 beijo ;)