Um dia vi-te chegar
vinhas no teu passo lento
introspectivo
mãos nos bolsos
olhar inquieto
desatento
despejaste ali os bolsos
o peso das preocupações
as chaves de casa
o desalento
sentaste-te na areia
tiraste as meias finas
os sapatos de sempre
fixaste o mar revolto
como tu, agitado e intenso
Fiquei a ver-te chegar
perscrutei-te
à distância de um olhar
abracei-te de longe
com medo de te perturbar
Viajei para os teus braços
nas asas de uma gaivota
perdida no desejo
de saber voar
7 comentários :
E hoje como falar desse vôo nas asas daquela gaivota ?
Uma canção de amor junto ao mar.
Um beijo, RUTE.
João
As asas do GRIFO são maiores e por isso melhores para apanhar uma boleia e voar sobre a praia e sobre o mar... com toda a certeza :))
1 beijo :)
Então se o GRIFO fõr de heli !!!
Se eu fosse ele, estaria a pensar:
"porque não vens a voar
nas asas do pensamento
onde a areia encontra o mar
e eu te espero, aqui, sentado"
Boa fotografia. Um pouco escura nas rochas, mas com sentimento. Gostei! :)
Helder
Estou a ver que para além de fotografo, também é poeta...
Gostei da continuação da história :) . Obrigada pela sua contribuição.
Volte sempre :)
Eu não tenho o mínimo jeito para as palavras, pelo que não posso "lutar" com as mesmas armas do Helder. :-)
Mas partilho na opinião dele em relação às zonas escuras.
Remus
Não é verdade que não tens jeito para as palavras que eu já li algumas bem bonitas lá no teu 'cantinho'!
Quanto à escuridão das rochas, vocês têm cada uma...então se as rochas são negras e era quase noite...como é que haveriam de ser claras, meus senhores??!!!
1 beijo ;)
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