Ponho as mãos em concha
fecho os olhos e espero
que me brotem dos dedos
fios de água limpida e fresca.
De olhar perdido
olho o infinito vazio
molhado pela água
que vai crescendo, espalhando
saciando o meu corpo
e a secura dos meus lábios.
Olho mas não consigo ver
apenas recordo quieta
de olhos sempre fechados
as sombras dos dias.
Imploro por algumas
migalhas de lágrimas
mas apenas posso imaginá-las
nos meus dedos enleados
pelos fios de água fresca
que por eles passam.
10 comentários :
Quando eu era apenas um moleque sonhador, eu queria ser grande, bem grande... enorme se pudesse. Hoje sou grande e tão pequeno ainda.
Mas a tua foto e poema passam dos limites da grandeza. Beijo
Lindo post e enorme foto. 1 beijo
Ó moça... acho que a fotografia está linda. Mas as palavras que lhe associaste, passaram a fotografia para outro nível.
Belíssimo conjunto.
Belo quadro emoldurado com um lindo poema, como já nos habituaste!
Beijos Rute
Preciosa foto, Rute! Os versos tão poéticos...
Beijos.
Tossan
Mas que comentário tão elogioso, assim até fico se jeito, como vocês dizem...;)
Muiro obrigada
1 beijo
Zekarlos
Só posso ficar muito agradecida...
1 beijo
Remus
Muito, muito obrigada e já sabes que podes sempre vir aqui buscar palavras quando assim o entenderes.
1 beijo
Manu
Ainda bem que gostaste...
1 beijinho
teca
Muito obrigada pela visita e pelas palavras:)
1 beijinho
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