O ENTERRADO VIVO
"É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência."
"É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência."
Carlos Drummond de Andrade
4 comentários :
Enterrado vivo?
Mas que raio de pensamento/ideia. Até estremeci todo...
:-|
Da fotografia, está belíssima. Esta "brincadeira" de várias profundidades resultou bem. E diria que a água ficou no mínimo resplandecente.
Passando e deixando um beijo, Rute.
Muito trabalho ultimamente, o que é muito bom. Novos projetos.
Ótimos posts no seu blog.
Voltando em breve.
Muito bem Rute, grande foto, muito bem trabalhada. bjs
Também amei, assim como estou adorando te encontrar novamente!!
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